Pernambuco aposta em um carnaval democrático e segue a tradição da festa com blocos de rua, apresentações de artistas locais e agremiações. É possível ouvir e dançar maracatu, frevo, coco, samba, ritmos africanos, além da música popular brasileira e internacional.
Recife
No fim do Século XVII havia organizações denominadas Companhias, que se reuniam para comemorar a Festa de Reis, Essas companhias eram constituídas em sua maioria por pessoas negras, escravos ou não, que suspendiam seus trabalhos e comemoravam o dia de Reis.
No Século XVIII apareceu o Maracatu Nação, chamado Maracatu de baque virado, que encenava a coroação do Rei Negro, o Rei do Congo em frente a Igreja Nossa Senhora do Rosário. (Igreja do Rosário dos Pretos). Com o fim da escravidão começaram a aparecer agremiações carnavalescas baseadas no maracatu e na festa de Reis.
Galo da Madrugada
O Clube de Máscaras Galo da Madrugada foi criado por um grupo amigos e famílias do Bairro São josé, comandados pelo baluarte Enéas Freire em 24 de Janeiro de 1978. Modesto, aquele que viria se tornar um fenômeno mundial foi criado com o propósito de fazer renascer o tradicional, espontâneo e criativo carnaval de rua do Recife, então ameaçado pelos clubes e passarelas que teimavam em limiar o espaços dos foliões.
Em 1995 entrou para o Guinness Book - o livro dos recodes - como o maior bloco de carnaval do mundo. Em 2015 o galo teve 2,5 milhões de pessoas, tem como único rival em tamanho o Cordão da Bola Preta no Rio de Janeiro, teve segundo os seus organizadores 1,3 milhões de pessoas em 2015, o que, de qualquer forma, torna a rivalidade pouco importante para os dois blocos uma vez que seus integrantes se divertem ano a ano.
Olinda
A história do carnaval de Olinda se confunde com a da folia no Recife. A maior festa popular do mundo é um evento que teve início em 1907 com o clube Carnavalesco Misto Lenhadores, e em 1912 o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas, existentes até os dias de hoje.Pelas ruas e ladeiras da Cidade Alta desfilam centenas de agremiações carnavalescas e tipos populares, que mantêm vivas as genuínas raízes da mais popular festa do Brasil. São clubes de frevo, troças, blocos, maracatus, caboclinhos, afoxés, cujas manifestações traduzem a mistura dos costumes e tradições de brancos, negros e índios, base da formação do nosso povo e de nossa cultura.
O grande diferencial do carnaval de Olinda são os Bonecos Gigantes, todo ano são criados novos tipos, e hoje já são mais de uma centena desfilando nas ruas e ladeiras da cidade. Na Terça-Feira Gorda, eles se reúnem e mostram toda sua graça entre os largos do Guadalupe e do Varadouro, em um encontro que se tornou tradição da folia em Olinda. Esses bonecos são uma herança européia e têm sua origem nas procissões do século XV. Lá, os bonecos acompanhavam os cortejos religiosos. Aqui, enfeitam a festa pagã. O primeiro boneco a sair às ruas de Olinda foi o Homem da Meia-Noite, que anima a folia desde 1932.
Tipos populares também são uma atração que vem crescendo ano a ano, foliões retratando em suas fantasias a irreverência e a crítica social tradicionalmente presentes no carnaval da cidade.
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