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22 agosto, 2017

Cunha

A Estância Climática de Cunha tem suas origens por volta de 1695, nessa época muitos aventureiros subiam a serra pela trilha dos Guaianás com destino ao sertão de Minas gerais atraídos pela notícia que la havia ouro e pedras preciosas. Por esse motivo Cunha era conhecida como “Boca do Sertão” e tornou-se parada obrigatória para reabastecimento e descanso das tropas.


Igreja Nª Sra. da Conceição
No início de século XVIII a grande movimentação de tropas atraiu bandidos e saqueadores. Muito ouro que vinha de Minas Gerais para embarcar no porto de Paraty/RJ, rumo a Portugal, foi desviado. Foi criado um posto de vigia e no local surgiu a Barreira do Taboão, localizada entre Cunha e Paraty. 

Com o declínio do ouro muitos desbravadores acabaram ficando na região atraídos pelo clima e pela fertilidade do solo e essa movimentação gerou rápido desenvolvimento do local.

Em setembro de 1785 o povoado é elevado a vila, com o nome de Vila de Nossa Sra da Conceição de Cunha, em homenagem ao Capitão-General Francisco da Cunha Menezes então governador de Província de SP. Nesse período as antigas trilhas foram calçadas e ampliadas para que as tropas pudessem transportar a maior riqueza do século XIX, o café. Em 1858 torna-se cidade e em 1883 comarca. Em seguida com a lei áurea em 1888, veio o declínio do ouro negro na região. 


Em 1932, Cunha foi palco de batalha da Revolução Constitucionalista. Um batalhão da Marinha composto por 400 praças subiu a Serra do Mar com a intenção de chegar a SP pelo Vale do Paraíba. Os combates na região duraram 3 meses e nesse período a cidade conheceu seu herói e mártir, o lavrador Paulo Virgínio, que foi capturado, torturado e morto por não revelar a posição das tropas paulistas.

Em 1948 a cidade de Cunha ganha status de Estância Climática.

Cunha ocupa 1410 km² de colinas e montanhas aninhadas entre as serras da Quebra-Cangalha, Bocaina e do Mar, e conserva a maior reserva de Mata Atlântica do País
Está a uma media de 1100mts de altitude e tem seu ponto mais alto na Pico da Pedra da Macela (1840), o clima é temperado e seco, com temperatura variando entre -3º e 15º no inverno e 15 a 25º no verão.

Economia:
Pecuária leiteira e de corte, cultura do milho, feijão, batata, cogumelos shiitake e trutas.
Maior produtor de Pinhão do estado de SP
Artesanato local e cerâmica de artística.

Cerâmica: Hoje Cunha é também um importante pólo da Cerâmica artística. Ali se instalaram em meados de 1970, ceramistas com formação japonesa que trouxeram para o Brasil uma técnica milenar, queimada a lenha em altíssima temperatura, em fornos chamados NOBORIGAMA (noboru = subir/rampa + gama = forno), essa técnica hoje não existe mais no Japão. São cerca de 20 ateliês produzindo peças de alta qualidade nos mais variados estilos.

Dicas de passeio:

Fazenda Aracatu
Oferece deliciosos pães caseiros, doces, sorvetes produzidos na própria fazenda com leite de Vaca Jersey, pinhão, conservas entre outras delícias.
Rodovia SP-171 - KM 56

O Lavandário
Inaugurado em 2013 conta hoje com cerca de 45 mil pés de lavanda dentata. Além de uma belíssima e perfumada paisagem o visitante ainda pode levar pra casa diversos itens de perfumaria, além de provar sorvetes, biscoitos e doces de lavanda.
Rodovia SP-171 - KM 54,5

Lazer na Serra
Lá você irá encontrar além da deliciosa comida caseira da Dª Célia, simpatia e bom atendimento.
Rod. Paulo Virgínio, 1089

Atelier Suenaga&JardineiroKimiko Suenaga nascida em Yokohama, chegou ao BR em 1985, de lá pra cá ganhou vários prêmios na área da cerâmica artística.
Rua Dr. Paulo Jarbas da Silva, 150

Casa do Artesão
Espaço criado e dedicado a exposição e venda dos trabalhos dos mais variados estilos feitos pelos artesão locais.
Rua José Arantes Filho, 27

Além claro da Igreja Matriz e Mercado Municipal em estilo barroco paulista, muitas cachoeiras, pedra da macela, cervejaria artesanal, festival de inverno, fuscunha, festas religiosas e muito mais.




As belas paisagens de Cunha
Atelier Suenaga & Jardineiro
O Lavandário
Fazenda Aracatu
    



25 junho, 2017

Guararema

Cidade conhecida como a Pérola do Vale, está localizada a apenas 80km da cidade de SP, no Alto Tietê e no Vale do Paraíba, possui um dos melhores climas do Brasil.

EM 1560, Braz Cubas descobriu ouro em vasta sesmaria, que chegava as margens esquerda do rio Anhembi (tietê), durante uma de suas entradas pelo sertão. Tal descoberto foi prontamente comunicada ao rei de Portugal por carta datada de abril de 1562.
Posteriormente Braz Cubas desce pelo curso do rio Paraíba e segundo relatos teria sido o primeiro homem a pisar nesse solo.
Em 1625, o aldeamento passa a adm dos jesuítas. Em 1652 os padres ergueriam a primeira capela da vila. Durante um século essa foi a única igreja do povoado e isso começa a mudar a partir de 1875 quando Da Laurinda de Souza Leite, a fim de auxiliar uma ex-escrava, doa terras a Maria Florência, que passa a liderar o processo de construção da atual igreja Matriz. Com o auxilio de outras pessoas e usando algumas de suas economias, Maria Florencia constrói a Capela de São Benedito, com isso foram se estabelecendo outros moradores nas adjacências da capela e formando o vilarejo que recebeu o nome de Guararema, do tupi, “madeira mau cheirosa” existente em grande quantidade na região e conhecida como “Pau D’alho”. O povoado cresceu ainda mais com a Estrada de Ferro Central do Brasil, inaugurada em 1876 no trecho entre Mogi das Cruzes e Jacareí. A vila transforma-se em sede e imigrantes de vários países passaram a morar na vila que teve sua emancipação em julho de 1898.

Igreja Nossa Sra. da Conceição da Escada

A imagem de N. Sra. da Conceição da Escada é uma das mais antigas de Portugal. Sua existência, segundo a tradição, surgiu no século XVI ao norte da atual Lisboa. Havia uma imagem da Imaculada Conceição, que ficava em uma capela as margens do Rio Tejo. Os marinheiros faziam suas promessas e voltavam para agradecer, porém para irem até a capela tinha que subir 31 degraus, pois a margem do rio era elevada, motivo esse que levou o povo a chamar a santa de N. Sra da Conceição da Escada.
Várias guerras e terremotos destruíram a região, sobrando apenas a escadaria e a imagem.


No BR existem 3 igrejas dedicadas a essa santa, sendo uma em SSA/BA e 2 em SP, Guararema e Barueri.
Em Guararema foi construída pelos colonos e indígenas no ano de 1652, a primeira capela do povoado, em arquitetura barroca, toda em taipa de pilão e pau a pique. Tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional em 25/01/1941. Última reforma em 1982. O Arraial da Escada representa a formação do próprio Município de Guararema. Situada no bairro da Freguesia a 3,5km do centro.
Abriga ainda a única imagem de São Longuinho do País, conhecido como o Santo das coisas perdidas.

Igreja Nossa Sra D’Ajuda

Construída em 1682 no alto de uma colina, as margens do rio Paraíba do Sul, é uma das construções coloniais mais antigas do Estado de SP.
Para chegar até a igreja é preciso subir 81 degraus. Foi núcleo religioso das fazendas próximas, servindo também de cemitério, enterrando-se os brancos no interior e os escravos atrás.
Sua imagem é em terracota, provavelmente de origem portuguesa. Em Set/1984 foi tombada como monumento de interesse histórico.


Ilha Grande

Inaugurada em 2004, permite ao visitante um passeio em uma pista de 400m as margens do rio Paraíba.

Rio Paraíba do Sul
Suas águas ainda límpidas é um dos grandes atrativos da cidade, onde se pode pescar diversas espécies de peixes e ainda passear de jet-ski e barco.
Sua nascente encontra-se na Serra da Bocaina e depois de percorrer parte do estado, desagua em São João da Barra – RJ, com uma extensão de 1058km. O rio possui ainda várias ilhas conhecidas como “Ilhas do rio Paraíba”.

Estação de Trem de Guararema

A estação foi aberta com o nome de Parahyba em 1956 pela E. F do Norte, pouco tempo depois o nome Guararema foi adotado para a estação. 


Estação de Guararema
“Velha Senhora”

 Uma composição com três carros de madeira fabricados na Inglaterra entre 1896 e 1937, tracionada por uma locomotiva a vapor fabricada nos Estados Unidos em 1927, a maior em atividade no Brasil. Diferente das demais, a 353 possui 3 cilindros o que a torna mais potente e veloz. A partir de 1945 foi gradativamente sendo aposentada e na década de 60 encerrou de vez suas atividades.
Destino final é a Estação de Luís Carlos, datada de 1914, foi restaurada em 2011, compõe um cenário especial para uma verdadeira volta ao passado.

Pontilhão e Ponte de Ferro Central do Brasil

Sua historia se confunde com a própria historia da cidade de Guararema, pois serviu de transporte de pessoas e mercadorias até sua paralisação na década de 70. Feita em ferro de origem inglesa.

Recanto do Américo ou Pau D’Alho

Uma praça totalmente restaurada em 1999 para comemoração do centenário da cidade e tornou-se um dos pontos turísticos, mais belo e procurado da cidade. Rico em recursos naturais com pontes que interligam a praça as ilhas que foram construídas com normas técnicas canadenses, levam o visitante a diferentes pontos sobre as águas do rio Paraíba do Sul, além de uma bela mata nativa e recursos fluviais, guarda ainda a bicentenária e famosa árvore Pau D’alho com aprox.. 30m de altura e 12m de diâmetro.

Parque Municipal da Pedra Montada

Sua maior atração é uma bela sobreposição de pedras, cada uma medindo cerca de 9 m de comprimento por 2,5m de altura. O Pq Mun. Da Pedra Montada – Dr. Isidoro Martins Ruiz”



Centro Artesanal Dona Nenê


Praça do Artesanato

São Longuinho

Longinus foi um dos soldados romanos destacados para acompanhar o castigo, a crucificação e a morte de Jesus. Seu nome, Longinus significa “Uma Lança”, por isso acredita-se que ele tenha sido o soldado que perfurou com uma lança o lado de Jesus, de onde brotou sangue e água.

Longinus era um soldado de baixa estatura que servia na alta corte de Roma antes de ser destacado para servir em Israel. Servindo na corte, ele vivia nas festas e por causa da sua baixa estatura ele conseguia ver tudo o que se passava por baixo das mesas. Com isso ele achava vários objetos perdidos e sempre devolvia seus achados a seus donos. Daí surgiu a fama de bom soldado e de sempre encontrar coisas perdidas. Essa fama do soldado Longinus do mundo pagão, passou para o convertido São Longuinho.

Recanto do Pau D'alho
Praça da Igreja Matriz

A Velha Senhora
Eu passeando de Maria Fumaça ..
Guararema / Estação de Luís Carlos


Visita a Guararema em Ago/2016
Turminha show

11 junho, 2017

Jacutinga / Monte Sião - MG


As cidades de Jacutinga e Monte Sião no extremo sul do Estado de Minas Gerais, divisa com o Estado de São Paulo fazem parte do Circuito das Malhas e das Estâncias Hidrominerais sendo excelentes opção de passeio e compras.

Jacutinga
- Capital Nacional das Malhas


Primeiramente habitada pelos índios purís, a atual cidade de Jacutinga tem seu início com um povoado datado de 1803 a beira do Ribeirão das Jacutingas.

Igreja Matriz de Santo Antonio


Em 1835 tem início a construção da Capela em homenagem a Santo Antonio, após 36 anos passa a se chamar Santo Antonio de Jacutinga, hoje Jacutinga.
Com a chegada da imigração, principalmente a Italiana, destaca-se no cultivo do café, nosso Ouro Negro. A chegada da Estrada de Ferro Vale do Sapucaí e a Gazeta de Jacutinga em 1927 marcam um grande avanço pra época. No início a ferrovia era apenas para o transporte do café, depois sendo também utilizada para passageiros, hoje infelizmente desativada.

Com o declínio da cafeicultura em meados de 1930 e o boom industrial no Brasil ocorridos nessa época, os imigrantes italianos passam a usar suas habilidades no tricô, crochê e bordado, tudo feito a mão. No final da década de 1960, um jovem italiano, Antônio Peroni, traz para Jacutinga a primeira máquina manual de tricô, a Lanofix. A população abraça a vocação da cidade para a confecção de malhas e torna hoje a cidade de Jacutinga responsável por 30% da produção de malhas nacional, exporta para mais de 30 países, possui cerca de 1300 fábricas em funcionamento e 450 lojas de varejo e atacado.
Possui ainda 2 empresas envazadoras de água, sendo a principal a Fonte São Lourenço.
Além disso possui belezas naturais e históricas que valem a pena conhecer como: Parque Primo Raphaelli, Trilha da Cachoeira, Pico da Forquilha, Museu do Tricô e a Igreja Matriz de Santo Antonio que na parte de baixo de sua praça exibe um belo chafariz com espelho d'água. 



Praça Francisco Rubim
Igreja Matriz de Santo Antonio
Maria Fumaça Maria Bonita
Antiga Estação
Grupo de SP em visita 03/06/2017

Monte Sião - Capital Nacional do Tricô

Registros de 1790 narram o fim do ciclo de ouro na região denominada Arraial de Ouro Fino, o que fez com que antigos garimpeiros buscassem novas terras e atividades como a agricultura e a pecuária.
Em 1823 aos pés do Morro Pelado e do Rio das Pedras o bairro Eleotério deu origem a hoje conhecida Monte Sião.
Igreja Matriz Nossa Sra.da Medalha Milagrosa 
Em 1849 com a concessão para a construção da capela dedica da Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, nascia definitivamente Monte Sião que receberia esse nome por sugestão de missionários Franciscanos que achavam o morro pelado muito parecido com Mont Sion em Jerusalém.
Com o fim do ouro se deu início ao ciclo do café e com ele vieram os imigrantes em sua maioria italianos e com eles a tradição das malhas em tricô.
Com o fim do ciclo do café a população começou a dedicar-se a outras culturas, a água e a cerâmica.
Em 1959 nascia a Porcelana Monte Sião. No início dedicada a fazer pequenos bibelôs, até que um dia um português proprietário de um restaurante em uma cidade vizinha encomendou uma jarra a porcelana, já que uma das que trouxera de Portugal, havia quebrado. A porcelana não só aceitou a encomenda como passou a produzir artesanalmente várias peças em porcelana Azul e Branca típica portuguesa, hoje é a única a produzir esse tipo de cerâmica em todo o Brasil e parte da América do Sul.
Com as visitas a porcelana por pessoas das cidades vizinhas e também de fora, as mulheres passaram a expor nas portas de suas casas as malhas feitas por elas e assim a cidade começou a ficar conhecida também pelas malhas.
Hoje junto com Jacutinga abastece não só o mercado nacional como também internacional como algumas cidades europeias.
Além das comprar vale visitar a produção da porcelana, a Igreja Matriz N. Sra. da Medalha Milagrosa, o Museu Histórico e Geográfico, a Praça Mário Zucato e seus ciprestes decorados e as montanhas e encantos de Minas Gerais.

Porcelana Monte Sião
by Yuri Takagi


Praça Mário Zucato